

O EcoSport marcou uma nova fase do Blog Quarentena, que inclui a publicação do que nós chamamos de “Teste da Oficina”. A proposta dessa pauta é levar o carro avaliado para uma análise geral das condições e características mecânicas e fazer uma comparação desse estado com o que o modelo apresentará ao fim de sua estadia por aqui. Rubens Venosa, engenheiro mecânico e consultor de Autoesporte, é dono da oficina Motor Max e fez a avaliação do Hyundai HB20 com a ajuda de seus funcionários.
Antes de iniciar a descrição, cabe o relato: todos na oficina se aglomeraram para ver de perto o hatch. E aí, começaram os comentários – não só sobre a parte mecânica. “Apesar de 1.6, o motor é bem compacto, né?”. “O espaço para as pernas é amplo aqui na frente”. “O porta-malas só abre na lingueta escondida na tampa, né? Não tem comando no interior do carro nem na chave…”. “O espaço no cofre é muito bom. Dá para trabalhar bem em qualquer tipo de conserto. Japoneses e coreanos pensam em tudo em termos de manutenção”.
Outro ponto levantado pelos mecânicos foi a adoção da corrente no lugar da correia dentada. “A correia dura de 50 mil a 60 mil quilômetros. A vida útil da corrente pode acompanhar a do carro”, diz um dos ajudantes de Venosa. “Outro aspecto positivo é a presença do coxim hidráulico, que ajuda a reduzir as vibrações”, explica Rubens Venosa. O engenheiro também aponta o posicionamento inteligente dos módulos de gerenciamento do motor e do ABS, que ficam para trás da bateria. “Em um local mais frio, o que ajuda a manter em bom estado de funcionamento os componentes”. A passagem e o desenho das mangueiras também foram destacados. “Do modo como estão distribuídas, elas não se rompem caso um coxim quebre, por exemplo”.
Sob o veículo, elogios. Os mecânicos aprovaram uma peça plástica que ajuda a direcionar o ar da ventoinha para a coifa do semi-eixo. “Isso é um detalhe interessante, porque essa peça costuma estragar por causa do calor irradiado pelo escapamento, que faz a borracha ressecar. Aliás, a qualidade da borracha é bastante boa”, fala Venosa.

Rubens Venosa examina o motor do HB20

Propulsor 1.6 tem coxim hidráulico e corrente

Módulo de gerenciamento do motor e do ABS ficam longe do calor do motor

Mangueiras são bem distribuídas e desenhadas

Peça plástica no centro da imagem ajuda a reduzir o calor na coifa

Capa plástica protege a tubulação do freio
Outros pontos indicados:
- O fácil acesso a filtros e afins;
- A boa distância dos componentes em relação ao solo;
- O escapamento todo dividido. “Não tem uma peça dentro da outra. As partes são divididas em seções e isso facilita reparos e reduz as chances de surgimento de ferrugem”;
- A tubulação de freio protegida por uma peça plástica em toda a sua extensão.
Ao fim da inspeção, Venosa foi sintético ao comentar a mecânica do HB20: simples, bem pensada e bem feita. Agora é esperar que ela permaneça assim por um longo tempo.
PS: temos anotado os pedidos e sugestões deixados por vocês nos comentários, inclusive sobre o consumo. As informações serão publicadas aqui ao longo dos próximos dias. Valeu!
Fonte:
http://colunas.revistaautoesporte.globo.com/quarentena/